Cachorro com barriga inchada e respiração ofegante: causas, sinais de urgência e o que fazer
Cachorro com barriga inchada e respiração ofegante é um sinal que pode indicar condições graves — como dilatação/torsão gástrica (GDV), ascite, choque, hemoperitônio ou problemas respiratórios secundários. Este guia explica causas, como reconhecer emergência, primeiros socorros seguros e o que esperar no atendimento 24h.
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O que observar quando o cachorro tem barriga inchada e respiração ofegante
Observe a velocidade do inchaço (rápido em horas × progressivo em dias), a consistência do abdômen (mole vs. duro), presença de vômitos, tosse, gengivas pálidas ou arroxeadas, estado de consciência (letargia), e se o animal tenta vomitar sem sucesso (ânsia seca).
Importante: respiração ofegante (taquipneia) junto com o abdômen distendido pode indicar compromisso cardiopulmonar, dor intensa ou choque — não trate em casa, procure atendimento.
Principais causas
Dilatação gástrica e torção (GDV)
Mais comum em cães de porte grande e tórax profundo. O estômago dilata com gás e pode torcer, comprimindo vasos e impedindo retorno venoso — quadro de risco de vida, evolui rápido e provoca respiração difícil, pulso fraco, mucosas pálidas e vômitos sem produção.
Hemoperitônio (sangramento abdominal)
Trauma, ruptura de baço ou tumor (hemangiossarcoma) podem causar sangramento abdominal com barriga inchada e sinais de choque (taquicardia, respiração ofegante, extremidades frias).
Ascite (líquido na cavidade abdominal)
Doenças cardíacas, hepáticas, oncológicas ou infecções podem gerar acúmulo de líquido (ascite) que comprime o diafragma, dificultando a respiração.
Corpo estranho/obstrução intestinal
Vômitos, distensão progressiva e dor; pode causar respiração rápida por dor e desconforto.
Peritonite/infecção abdominal
Inflamação severa causa dor, febre, septicemia e dificuldade respiratória por dor ou comprometimento hemodinâmico.
Doença cardíaca congestiva
Insuficiência cardíaca pode levar a acúmulo de líquido e edema, causando abdômen aumentado e dispneia (falta de ar/respiração ofegante).
Tabela rápida: sinais × provável causa × prioridade
Apresentação | Outros sinais | Provável causa | Prioridade |
---|---|---|---|
Barriga inchada súbita + vômito seco + inquietação | Mucosas pálidas, taquicardia | GDV (dilatação/torção) | Emergência 24h — risco de vida |
Barriga mole com dificuldade respiratória progressiva | Tosse, cansaço, intolerância a exercício | Insuficiência cardíaca/ascite | Urgente |
Barriga inchada e respiração ofegante após trauma | Letargia, palidez | Hemoperitônio (sangramento) | Emergência 24h |
Barriga aumentada crônica, perda de peso | Letargia, alterações urinárias | Ascite crônica (fígado/causas neoplásicas) | Alta prioridade — investigar |
Por que é considerado emergência
Porque várias causas (GDV, hemoperitônio, peritonite, choque) avançam rapidamente e podem causar falência circulatória e morte. A respiração ofegante indica que o animal está compensando baixa oxigenação e/ou dor intensa — precisa de avaliação e estabilização imediata.
Primeiros socorros seguros (o que você pode fazer agora)
- Mantenha o cão calmo e em repouso; evite estímulos e esforço.
- Não ofereça comida e limite a água se o animal estiver vomitando com força (para reduzir risco de aspiração), a menos que o veterinário oriente diferente.
- Evite dar remédios humanos (analgésicos/antiinflamatórios) — muitos são tóxicos e podem piorar o quadro.
- Transporte seguro e rápido para a clínica; sinalize no deslocamento que se trata de emergência (GDV/abdômen doloroso) para agilizar atendimento.
- Se possível, anote tempo de começo dos sinais, eventos recentes (alimentação, trauma, ingestão de corpo estranho) e histórico (cardiaco, tumores, medicação).
Não tente “furar” a barriga, nem drenar líquido em casa.
O que a clínica fará ao receber o animal
- Triagem rápida e estabilização: oxigênio, fluidoterapia, controle da dor, monitorização de sinais vitais.
- Exames rápidos: radiografia abdominal/torácica, ultrassom FAST/abdominal (avaliar líquido), hemograma, bioquímica, gasometria quando possível.
- Decisão terapêutica: cirurgia emergencial (ex.: GDV, hemoperitônio), drenagem/controle da causa, internação e suporte intensivo.
- Comunicação: explicamos os riscos, opções e custos estimados ao tutor antes de procedimentos não urgentes.
Prevenção e cuidados após alta
- Refeições fracionadas e comedouro lento para reduzir risco de GDV em raças predispostas.
- Controle de peso, check-ups regulares e monitorização de doenças cardíacas ou hepáticas.
- Evitar acesso a objetos/tons que possam ser engolidos (corpos estranhos intestinais).
- Seguir orientações de medicação, dieta e retorno da clínica rigorosamente.
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Perguntas frequentes
Meu cão vomitou e agora a barriga inchou. É GDV?
É um dos sinais clássicos de GDV (vômitos, inchaço rápido, ansiedade). Procure atendimento 24h imediatamente — cada minuto conta.
Posso esperar até abrir o veterinário pela manhã?
Se há respiração ofegante, palidez nas gengivas, fraqueza ou inchaço súbito, não espere. Vá a um pronto-atendimento veterinário agora.
O que custa uma emergência dessas?
Os custos variam conforme exames e necessidade cirúrgica. A clínica explicará opções assim que o animal for estabilizado.
O que a gente pode levar para ajudar antes de chegar?
Leve histórico breve (idade, raça, eventos recentes, medicações) e mantenha o animal quieto no transporte. Avise por WhatsApp: aviso de chegada.
Conteúdo informativo — não substitui avaliação veterinária. Em caso de suspeita de emergência, procure atendimento 24h. © 2025 Clínica Veterinária 24h Meu Pet Santa Amélia · (31) 97508-0302